" Mas na profissão, além de amar tem que saber. E o saber leva tempo para crescer."
Rubem Alves

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Projeto EJA

Segue abaixo apenas um esboço do projeto que estou desenvolvendo, este mês de maio, com meus alunos da EJA.

O Trabalho Dignifica o Homem
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas nas palavras, no trabalho, na ação e reflexão”.
 Paulo Freire

I – Identificação:
Escola: E. Municipal Benedita Braga Cobra – Anexo: Sertãozinho
Publico alvo: Alunos da Educação de Jovens e Adultos
Período: Durante o mês de maio
Coordenação: Pollyana Ribeiro


II – Justificativa:
Comemoramos uma data muito importante no mês de maio, “o dia do trabalho”, porque é nessa data que lembramos o esforço humano para modificar a natureza e explorá-la para o progresso da humanidade; ressaltando o trabalho dos homens do campo, do comércio, da indústria, etc. Proponho o citado projeto com o intuito de valorização dos trabalhos de cada aluno da EJA, que é hoje o principal responsável por nossa sobrevivência e dignidade. Também é graças a ele que desenvolvemos nossos relacionamentos, ampliamos nossos conhecimentos e exercitamos nossa inteligência.

III – Objetivo Geral:
Nesse projeto, os alunos serão capazes de analisar sua profissão e a refletir sobre ela e sobre assuntos correlatos.

IV – Objetivos Específicos:
·       Reconhecer e valorizar a importância do trabalho na vida do homem;
·       Reconhecer os diferentes tipo de trabalhos e a importância de cada um deles;
·       Saber como vivem os trabalhadores brasileiros, o salário de cada um e suas diferenças;
·       Conscientizar sobre a discriminação ao trabalho do negro e da mulher;
·       Conhecer seus direitos de trabalhadores, bem como seus documentos;
·       Informar-se sobre a exploração do trabalho infantil.

V – Desenvolvimento:
-Eu sou um trabalhador;
- A economia informal;
- As leis trabalhistas;
- Vida e trabalho;
-  A mulher no trabalho;
- O trabalho do homem e da mulher;
- Empregos: Anúncios e classificados;
- Dinheiro e Salário;
- Distorções no mundo do trabalho.

VI – Recursos
Humanos: Alunos, professor e demais funcionários da escola
Físicos: Espaço escolar
Financeiros: Não há
Materiais: Materiais disponíveis da escola

VII – Avaliação
Os alunos serão avaliados diariamente, no desenvolvimento das atividades.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

O assunto é EDUCAÇÃO

Balanço da blitz da educação mostra acertos e desafios das escolas
O especialista em educação Gustavo Ioschpe fez uma lista de dicas para pais e estudantes. Exemplos de coisas que ajudam o aprendizado e também o que prejudica.
O Jornal Nacional fez, essa semana, uma blitz na educação. Foram cinco cidades sorteadas, uma de cada região brasileira, que receberam a visita da equipe do JN no Ar. Neste sábado (21), você vai ver um balanço: o que pode ser feito para melhorar o nível do aprendizado nas salas de aula.
Uma semana de viagem, 8.529 quilômetros percorridos, cortando o país de Norte a Sul, Leste a Oeste. Cinco paradas e muitas lições sobre educação apreendidas. O especialista Gustavo Ioschpe acompanhou a equipe em todas as visitas. Conversou com professores, diretores, estudantes. Anotou tudo, tirou lições, confirmou estudos. Tudo visto de perto.
Em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, uma escola com limpeza, disciplina, organização, cuidado com as crianças. Dá para entender por que tirou uma nota boa, 6,6.
A diretora Maria Valfried Weber recebeu a todos, atenciosa. E, junto com ela, a equipe foi descobrindo o que faz a diferença na escola. Ela quer ampliar as aulas em mais duas horas. “O desafio é em busca de mais qualificação”, contou ela.
Na outra escola, uma situação constrangedora de descaso. “Não vou te dizer que realmente os vidros quebrados não fazem a diferença, porque fazem”, contou a professora Neuza Beatriz Beohs.
“Mesma cidade, mesma rede, e mundos tão diferentes. Uma escola que não tolera o fracasso e outra que parece não acreditar no sucesso. Uma escola que faz de tudo para atrair a família e outra que só se lembra da família quando é para culpá-la por seus próprios problemas”, avaliou o especialista.
Próxima parada, Vitória, no Espírito Santo. A história de dois meninos da mesma idade chamou a atenção. Lá conheceram Ezequiel, de 14 anos. Apesar da idade, ele ainda está no 3° ano. “Não fiz a tarefa de casa porque eu estava trabalhando”, contou ele.
Adallos está cursando o 8° ano do ensino fundamental na escola com o melhor índice de desenvolvimento medido pelo MEC, 6,5. “Matemática eu tenho um pouquinho de dificuldades, mas dá para superar tranquilo”, disse ele.
“Vontade é importante. Mas ela precisa ser complementada pelo preparo”, destacou Ioschpe.
Em Caucaia, no Ceará, o primeiro encontro com uma escola rural. Oficialmente a escola tem três salas. Mas uma é improvisada na entrada e, durante a visita da equipe, estava vazia. As outras duas salas são ocupadas por várias turmas e alunos de diferentes séries e idades. “Chegamos atrasados porque viemos a pé porque o carro não está passando, a estrada está ruim”, contou um dos alunos.
E na cidade, uma escola com boa estrutura. “Uns já escrevem, outros não. Eu faço a produção coletiva oral e depois, em seguida, eles copiam”, explicou a professora.
“Sem organização fica difícil. Em Caucaia, a gente viu o contraste de uma escola em que o aluno não consegue nem chegar e outra em que os alunos têm uma agenda das atividades do dia e material didático na própria aula”, destacou o especialista em educação.
O voo seguinte do JN no Ar foi em direção à região Centro-Oeste, em Goiânia. E um velho ditado mostra que vale também para a educação: as aparências enganam.
A visita foi durante a hora do recreio, mas até durante esse tempo havia organização e disciplina com fila e controle. Na outra escola, a hora deveria ser de aula de matemática. Mas o professor diz que a bagunça da turma do fundo impede que os outros prestem atenção.
Uma tem melhores instalações. A outra é mais simples e fica em um bairro pobre. Mas é aí que caem por terra todos os preconceitos. Foi a escola do bairro pobre que obteve a maior média entre todas as visitadas pela blitz até agora: 7,1.
“Para trabalhar, o aluno tem que ter disciplina. Se não tiver disciplina, como que a gente trabalha com a criança?”, questionou a diretora Maria de Fátima Silva.
“Em Goiânia, nós vimos que a gestão é definitiva. Uma escola foi usada pela sua antiga diretora para alavancar uma carreira política. Na outra escola, uma diretora comprometida e guerreira pegou uma escola à beira de ser fechada e transformou ela em uma escola de primeiro mundo”, lembrou Gustavo Ioschpe.
No último destino da blitz de educação, Belém do Pará, infelizmente uma realidade diária de muitos estudantes no Brasil: a convivência com a violência e a falta de aula com greve de professores.
As aulas começavam às 7h30 e, às 8h, os professores ainda não haviam chegado. “Acredito que eles não vão vir”, contou a diretora Marluce Matos.
“Um novo verbo: grevar. Em Belém tem tanta greve que a aula começa em abril e, em maio, já tem outra paralisação e os alunos não são nem avisados. A gente vê que a escola sofre violência, mas a escola também comete violência e torna o seu aluno vítima”, afirmou o especialista.
A nosso pedido, o especialista em educação Gustavo Ioschpe fez uma lista de dicas para pais e estudantes: o que funciona, ajuda no aprendizado, o que atrapalha. Tudo confirmado pela no blitz da educação do JN no Ar, portanto preste atenção:
Exemplos de práticas positivas para a educação: passar dever de casa; professor com formação na área em que ensina; imposição de método, rotina e gestão em todas as aulas; comprometimento dos educadores com o sucesso; uso de material didático como apoio; fazer provas com freqüência e monitorar o aprendizado; e disciplina.
Exemplos do que prejudica o aprendizado: aluno que trabalha e estuda; distância da escola; indicação política do diretor; falta de professores; e indisciplina.
“Essa diferença entre as escolas só reforça a idéia de que a relação entre a família e a escola não termina quando o filho é matriculado na escola. Pelo contrário, é só o começo. O pai tem que ver se a escola do filho está efetivamente ensinando, tem que ajudar, tem que cobrar, tem que fiscalizar. Porque educação de qualidade não é um favor que o Estado e os governantes fazem para os pais e para os alunos. É um direito que todo cidadão brasileiro tem”.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Clip Natureza - Os Trapalhões 25 anos 1991

Meio Ambiente

Olha idéias para fazer cartões:





Atividades para o Projeto Meio Ambiente























Meio Ambiente



PROJETO MEIO AMBIENTE
PROBLEMA: O que podemos fazer para cuidar melhor do nosso planeta e conseqüentemente termos uma melhor qualidade de vida?
Objetivos gerais:
Desenvolver a construção de atitudes de corresponsabilidade para a preservação do planeta terra, com equilíbrio ecológico e com desenvolvimento sustentável.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Aprender conceitos relacionados a questões de meio ambiente.
• Conhecer processos de industrialização de elementos da realidade contemporânea.
• Conhecer conceitos referentes ao ciclo de produção da natureza.
• Incorporar o respeito e o cuidado para com o meio ambiente.
• Incorporar a rotina da coleta seletiva.
• Reconhecer atitudes inadequadas para com o seu meio ambiente
• Desenvolver um olhar crítico quanto ao consumismo
• Reconhecer que os cuidados com o meio ambiente promovem qualidade de vida para os seres vivos.
ÁREAS ENVOLVIDAS:
Linguagem, Natureza e Sociedade, Matemática, Formação pessoal, Artes
CONTEÚDOS:
• Plantio de canteiro de hortaliças e de flores
• Confecção de espantalho
• Cuidados com o minhocário
• Manutenção da caixa de compostagem
• Coleta seletiva no espaço da Eduação Infantil e 1º.ano do
Ensino Fundamental
• Proteção e cuidado com as plantas e os animais
• Movimentos de economia e consumo – Detetives do desperdício
• Cuidados com o meio ambiente e qualidade de vida.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
• Trabalhos com escolha, independência, autonomia, promovendo a auto-estima.
• Comunicação e expressão para participação em ações coletivas.
• Realização de ações individuais construtivas.
• Valorização do meio social cultural e natural.
• Busca bibliográfica para os interesses e dúvidas que surgirem sobre o tem abordado.
• Leitura de textos específicos de orientações a procedimentos e experiências científicas.
• Visita a locais específicos para pesquisa de campo e experiências, como laboratório.
• Registro da eleição das hortaliças a serem plantadas.
• Registro diário do desenvolvimento do plantio.
• Escrita de bilhetes para solicitações como: visita ao laboratório, visita ao sucateiro, roupas e adereços para a confecção do espantalho.
• Leitura e interpretação de textos científicos.
• Confecção de tabelas, como de crescimento de um elemento plantado.
• Classificação dos elementos plantados.
• Desenho e pintura como forma alternativa de registro de atividade.
• Busca de informações junto aos pais e familiares.
• Troca de informação no ambiente escolar e outros.
RECURSOS:
Aquários e material para montagem de um terrário, material para confecção de bebedouros e comedouro para pássaros, mural, confecção de folder informativo, amassador de latas, latões de lixo específicos para coleta seletiva.
AVALIAÇÃO:
A avaliação será feita durante o processo , através da participação do aluno, produções feitas por ele e pela observação da professora tutora a Auxiliar. Para os registros , produziremos fichas adequadas , com critérios estabelecidos, com base nos objetivos específicos planejados.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Escrita Espelhada - Parte II


Atividades para Escrita Espelhada e Disgrafia
- Pegue uma caixa raza tipo de camisa de gola masculina e coloque areia (clara, fina, peneirada e limpa) rasa de forma que o dedo toque a base. Peça que usando o dedo indicador escreva da mesma maneira que você, letras e números. Fique do lado dele e escreva na caixa e ele faz junto com você.
- Utilize a lousa mágica da mesma maneira.
- Passe tinta num pedaço de vidro temperado e peça que ele também utilizando o indicador faça as letras e números.
- Compre aquelas lixas mais finas de lixar madeira ou parede (que não machuque o dedo) e escreva as letras com giz de cera em tamanho grande, você irá precisar de umas 3 ou 4 lixas. Em cada lixa dá para escrever umas seis letras cursivas ou números. Peça que ele passe o dedo em cima de cada uma 3 vezes contornando no sentido correto. Ao terminar cada uma ele vai escrevendo no papel a letra que acabou de contornar.
- Quando ensinar a letra vá associando com algo conhecido ou engraçado. Por exemplo quando fizer o v diga "começa pelo bico desce, sobe e faz a asa. O p sobe, desce, sob pelo mesmo lugar e faz a corcunda etc
- Desenhe a letra grande no papel. Com um pedaço de barbante a criança irá colar o barbante na letra no sentido que se escreve. Pode ser jogando glitter.
- Associado a isto compre aqueles livrinhos de atividades tipo caligrafia que vem com as letras para ele cobrir e depois fazer sozinho.
- Enfim você pode criar outras idéias neste sentido.

Criado por Simaia Sampaio

Escrita Espelhada

Escrevendo na contramão. Por que crianças de 4 a 6 anos escrevem espelhado?

Vários fatores podem estar relacionados à escrita espelhada. O mais comum relaciona-se à imaturidade dos neurônios, que ainda não permite à criança um domínio completo de posições e direções espaciais. A lateralidade também pode estar indefinida, impossibilitando o aluno de transferir as noções de direita e esquerda para algo externo a si próprio, no caso, a folha de papel. Outro fator responsável pelo espelhamento nessa idade é a chamada “fase de ensaios”. Até atingir a escrita alfabética, um conceito que surgiu das pesquisas de Emília Ferreiro, a criança faz várias tentativas nas quais cria e recria o sistema de escrita. Nesse processo, podem aparecer números no meio das palavras, ou letras e frases invertidas, pois os aspectos gráficos não são a preocupação maior da criança. O que ela quer é descobrir com quantas e com quais letras se escreve uma palavra. Algumas crianças que espelham ou invertem letras específicas estão, muitas vezes, tentando generalizar a direção da escrita também para o traçado das letras e procuram começá-las sempre por cima e pela esquerda.
Em geral o espelhamento não traz nenhum comprometimento maior. Em torno dos 6 ou 7 anos, começa a ficar mais raro, sendo mais provável que desapareça por volta dos 7 ou 8 anos, quando a criança já está mais desenvolvida e apresenta maior domínio psicomotor.

Rosemary Carla Franco - Assessora de Educação Infantil de Sistemas de Ensino da Editora Positivo


 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ATIVIDADES FAVORÁVEIS DE ACORDO COM O NÍVEL DA PSICOGÊNESE EM QUE SE ENCONTRAM OS ALUNOS:

HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA:
Avanços:
• Diferenciar o desenho da escrita;
• Perceber letras e sons;
• Identificar e escrever o próprio nome completo;
• Perceber que usamos letras diferentes em diferentes posições.
Atividades favoráveis
• Desenhar e escrever o que desenhou;
• Usar o nome em situações significativas: marcar atividades. Objetos, utilizá-los em jogos, bilhetes, etc.
• Ouvir leitura diariamente pela professora e poder recontá-la;
• Ter contato com diferentes portadores de texto;
• Reconhecer e ler o nome próprio em situações significativas: chamadas, jogos, etc.
• Conversar sobre a função da escrita;
• Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome ou dos amigos; bingo de letras;
• Produção oral de histórias;
• Escrita espontânea;
• Textos coletivos tendo o professor como escriba;
• Aumentar o repertório de letras;
• Ler nomes das crianças da turma, quando isto for significativo;
• Comparar e relacionar palavras;
• Produzir textos de forma não convencional;
• Identificar personagens conhecidos a partir de seus nomes, ou escrever seus nomes de acordo com sua possibilidade;
• Recitar textos memorizados: parlendas, quadrinhas, poemas, músicas;
• Atividades que seja preciso reconhecer a letra inicial e final;
• Atividades que apontem para a variação da quantidade de letras;
• Completar palavras usando a letra inicial e final;
• Escrever listas em que isto tenha significado: listar o que usamos na hora do lanche, o que tem na festa de aniversário, etc.

HIPÓTESE SILÁBICA:

Avanços:
• Atribuir valor sonoro às letras;
• Aceitar que não é preciso muitas letras para se escrever apenas o necessário para representar a fala.
• Perceber que palavras diferentes são escritas com letras em ordens diferentes.
Atividades favoráveis
• Todas as atividades do nível anterior,
• Comparar e relacionar escritas de palavras diversas;
• Escrever pequenos textos memorizados ( parlendas, quadrinhas, músicas, trava-língua...)
• Completar palavras com letras para evidenciar seu som:
CAMELO = C____M____L____ ou ____A____E____O
• Relacionar personagens a partir do nome escrito;
• Forca;
• Relacionar figura às palavras, através do reconhecimento da letra inicial.
• Ter contato com a escrita convencional em atividades significativas;
• Reconhecer letras em um pequeno texto conhecido;
• Leitura de textos conhecidos e já trabalhados;
• Cruzadinhas;
• Caça-palavras;
• Completar lacunas em texto e palavra;
• Construir um dicionário ilustrado, desde que o tema seja significativo;
• Evidenciar rimas entre as palavras;
• Usar o alfabeto móvel para escritas significativas;
• Jogos variados para associar o desenho e seu nome;
• Contar a quantidade de palavras de uma frase.

HIPÓTESE SILÁBICO-ALFABÉTICA
Avanços:
• Usar mais de uma letra para representar o fonema quando necessário.
• Atribuir o valor sonoro das letras;
Atividades favoráveis
• As mesmas do nível anterior;
• Separar as palavras de um texto;
• Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece: Associar o “GA” do nome da “GABRIELA” para escrever “GAROTA”, “GAVETA”...;
• Ditado de palavras conhecidas;
• Ditado de grade;
• Forca;
• Produzir pequenos textos;
• Reescrever histórias;
• Pesquisar os usos da ordem alfabética em nossa sociedade;
• Discutir em atividades coletivas a importância do uso da ordem alfabética como recurso organizador em vários instrumentos sociais, como catálogo telefônico, lista de alunos; fichário; arquivo, dicionário, etc;
• Procurar desenvolver o próprio pensamento das crianças para que percebam o que é provável e o que é impossível encontrar na linguagem escrita;
• Pesquisar palavras que têm ou não acento, dentro de um pequeno texto. É fundamental que o professor trabalhe por investigação. Toda descoberta vai sendo discutida e registrada. Não se deve dar a “receitas” prontas ao aluno;
• Pesquisar quais maneiras possíveis de terminar palavras.
• Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece.
• Pesquisar as letras de imprensa minúsculas, apenas e tão somente, para a leitura. As crianças jamais irão utilizá-las para registras seus textos, apenas para serem capazes de ler, sem dificuldade. Pedir aos alunos para recortar de revistas e organizar as letras, fazendo correspondência termo a termo entre os dois tipos de letras: maiúsculas, minúsculas. Pode apresentar listas em imprensa minúscula. Pode proceder da mesma forma, pedindo para transcrever frases até pequenos textos. É uma apropriação lenta e gradual, que pode transcorrer com calma durante todo o estágio silábico-alfabético.
• Cruzadinhas utilizando fotografias;
• Formação de frases;
• Pesquisa sobre o significado de nome das crianças, seguindo a ordem alfabética;
• Escrever uma lista de nomes e discutir como colocá-los em ordem alfabética.
• Fazer acrósticos, trabalhando coletivamente, tendo o professor como escriba, fazendo o registro no quadro;
• Fazer caça-palavras, imprimindo maior grau de dificuldade a essa atividade, como: na vertical, na diagonal, em ordem inversa, etc.

HIPÓTESE ALFABÉTICO
Avanços:
• Preocupação com as questões ortográficas e textuais (parágrafo e pontuação).
• Usar a letra cursiva.
Atividades favoráveis
• Todas as anteriores;
• Leituras diversas;
• Escrita de listas de palavras que apresentem as mesmas regularidades ortográficas em momentos em que isto seja significativo;
• Atividades a partir de um texto: leitura, localização de palavras ou frases; ordenar o texto;
• Jogos diversos como bingo de letras e palavras; forca...

ALFABETIZAÇÃO COM SUCESSO
Luzia Bontempo
ALFABETIZAÇÃO LÚDICA – CAIXA DE FERRAMENTAS
Gláucia Perreira / Tathiana Campos / Vera Lima

Virgínia Stela
Membro do Grupo Professores Solidários

domingo, 1 de maio de 2011

Alguns desafios da educação infantil

Marita Martins Redin e Fernanda Müller
O desenvolvimento da estética não está separado da ética e pode ser construído, desde cedo, nas relações e espaços-tempos da infância, como contraponto às políticas globalizadoras
A educação infantil pode se constituir em um espaço-tempo de descoberta e criação, não importando o estágio de desenvolvimento e nem a idade das crianças. Há de se resgatar o processo criativo da criança como condição de humanização. Só poderá haver realização humana se considerarmos todas as possibilidades do fazer, do sentir, do pensar, do criar e do transformar produzidos com base na sociedade e na cultura. Precisamos defender e ajudar a construir uma ética humana que dê às crianças o direito de viver com dignidade, mas não somente isso. É necessário ir além: buscar na estética a possibilidade de se tornar um ser original, indivisível, íntegro e belo.

Trabalhar com a ética e com a estética na educação infantil constitui um ato político que vê na sociedade a possibilidade do desenvolvimento das possibilidades múltiplas das crianças e de suas culturas, no sentido de superar as injustiças da realidade. Freire (2000) mostra que a capacidade de intervenção no mundo passa por um processo de aprendizagem que começa na infância, no qual a interferência e a opção do educador fazem-se necessárias. Partindo desses princípios, acreditamos que o desenvolvimento da estética não está separado da ética, podendo ser construído, desde cedo, nas relações e espaços-tempos da infância como contraponto às políticas globalizadoras, estereotipadas e estéreis que interferem nas diferentes culturas e formas de educar. É no currículo, nos microespaços, nas relações interpessoais e nas produções subjetivas e originais que o social pode ser explicitado, trabalhado e constituído como um bem comum. Para tanto, enfatizamos que alguns desafios são fundamentais no trabalho cotidiano da educação infantil.

Resolver problemas não deve ser restrito a um determinado dia da semana. Problemas e idéias não podem ser ignorados e não devem ser desencorajados. A dimensão do tempo é complexa e não pode ser entendida meramente como uma organização de horários. Descoberta e curiosidade são características dos processos humanos, principalmente nos primeiros anos de vida, e devem acontecer o tempo todo. Entendemos, nesse sentido, que o conhecimento é um todo indivisível e que as atividades significativas favorecem o desenvolvimento das múltiplas dimensões humanas. Torna-se um desafio para o educador descobrir que propostas conquistam as crianças, suscitando nelas interesse e alegria, empenho e curiosidade, e envolver todas as linguagens que favoreçam o pensar, o agir, o sentir, o imaginar.
Não existem crianças idênticas, não existe desenvolvimento uniforme e regular. A aprendizagem é um fator complexo, que depende de diversas relações. A troca entre os pares, os semelhantes e os diferentes enriquece o grupo e o sujeito. Crianças podem formar grupos para atividades em comum ou em problemas correlatos, mas os grupos se organizarão em diferentes combinações à medida que as atividades mudarem. Crianças podem agir individualmente e em grupos, aprendendo a se desenvolver de forma autônoma, sem perder de vista a relação com o grupo. Logo, tentar entender as crianças com as quais lidamos é fundamental para uma prática pedagógica significativa. Nada substitui a percepção sensível às necessidades, aos desejos e às expectativas delas em torno das atividades e das propostas. É fundamental saber olhar, ouvir, acompanhar o caminho que elas percorrem. Tentar apreciar as aquisições individuais das crianças, seus processos de descoberta e de desenvolvimento demonstra que o educador as conhece e as respeita.

Entender o dinamismo do conhecimento significa também tomar consciência da própria prática pedagógica. Distinguir o que é preciso ensinar do que as crianças podem descobrir sozinhas é uma grande habilidade. Conhecer os materiais e processos que as ajudarão a aprender faz parte do oficio de educador. O que o educador precisa saber e saber fazer para acompanhá-la na aventura da criação? Tentar dar os materiais e equipamentos indispensáveis para uma atividade, saber para que servem e como funcionam facilita sua interferência para desafiar as crianças a explorar esses materiais e incentivá-las a descobrir outros. Explorar diferentes ambientes pode ser uma oportunidade de desenvolver um trabalho rico e original. Um trabalho de espaço, de plano aberto, ao ar livre, dá maiores possibilidades de exploração. Saber lidar com o inusitado faz parte de um procedimento aberto ao novo, ao diferente, e requer um aprendizado do próprio educador, que não raro está bastante distanciado de sua própria infância. Muitas vezes, basta seguir o caminho apontado pela criança: geralmente ela surpreende, traz novas possibilidades, e mostra-nos o que nem sempre conseguimos ver. Educadores podem tentar novos métodos para se adaptarem às necessidades das crianças.

A educação é um processo contínuo de vida, e, muitas vezes, a condição de não saber pode ser uma base de estímulo para a ação criativa. Aceitar o fato de que as crianças podem criar coisas que os adultos desejariam ter criado ou esperar ver algo que não se tinha visto antes pode ajudar a fortalecer a crença no protagonismo infantil. O pensamento linear e os objetivos racionais limitados da nossa civilização, baseada na autoridade e somente na autoria do adulto, levaram-nos a desconsiderar os aspectos intuitivos das crianças. Não se pode criar mais fronteiras artificiais entre as áreas, os níveis, as etapas, as idades, como nos mostrou por muito tempo a cultura escolar. A sensibilidade não está dividida em caixas separadas no nosso ser, assim como nosso ser é indivisível. A interdependência dos conhecimentos é fundamental para a compreensão da vida. Podemos aproximar do mesmo objeto, da mesma idéia, através de mais de um foco, fazer uma abordagem sobre o conhecimento de diferentes direções. Certas áreas são mais adequadas para que se consiga alcançar certos objetivos do que outras. Aprendemos a acreditar, ao longo de nosso processo de escolarização, que a ciência tende a lidar com o conhecimento racional, e a arte, com a compreensão intuitiva; porém, atualmente não se pode ter isso como verdadeiro, já que não existem fronteiras demarcadas. Mesmo mantendo um campo de conhecimento específico, as diversas áreas entrecruzam-se e formam redes, tramas, que interferem umas nas outras. Quanto menos demarcação houver entre as linguagens, mais possibilidade haverá de novas descobertas. Assim, estará aberto o caminho para a criação. As crianças não podem ser tratadas como um único corpo, com homogeneidade, se acreditarmos que a descoberta e a expressão tendem a ser genuínas.

O desenvolvimento de uma prática pedagógica que propicie a constituição do sujeito estético e, ao mesmo tempo, uma perspectiva estética para os sujeitos, ocorrerá se conseguirmos tomar consciência das nossas referências, quebrar os nossos estereótipos e desatar os nós que impedem nossa aproximação do mundo da infância. A crise dos sentidos presente na sociedade contemporânea tem anulado nossa singularidade e rechaçado nossos sonhos. A educação das crianças pequenas, em uma perspectiva de preservação dos elementos lúdicos, da capacidade de imaginar, de fantasiar, de poetizar o mundo, ainda é um reduto no qual podemos nos apegar. As crianças merecem ser vistas como sujeitos de estética e sujeitos com direitos. Para isso, precisamos mudar nossos paradigmas em relação à educação delas. Uma criança ensina muito. Muitas crianças ensinam muito mais. Basta querer aprender com elas, pegando carona no "foguete" ou no "tapete voador".

Para finalizar e complementar essas idéias, recorremos a dois educadores chilenos, ainda pouco divulgados, mas sábios em suas propostas para o trabalho com as crianças:

"O adulto tem uma tarefa importante com a criança: tornar possível o assombro, valorizando o irreversível de cada vivência. Mantê-la alerta para notar o oportuno de cada etapa. Se não se mantém vigente a atitude de permanente assombro, não se poderá ver o extraordinário, no mais corrente e a grande sabedoria do mais simples e cotidiano." (Saló; Barbuy, 1977)

Marita Martins Redin é mestre e doutoranda em Educação, professora do curso de Pedagogia e de especialização em Educação Infantil da Unisinos.
E-mail: maritam@brturbo.com.br


Fernanda Muller é mestre e doutoranda em Educação.
E-mail: fernanda.muller@gmail.com

REFERÊNCIAS

DUARTE JUNIOR, João Francisco. O sentido dos sentidos: a educação(do) sensível. Curitiba-PR: Criar Edições Ltda, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.

SALÓ; Julia; BARBUY, Santiago. Terra, água, ar, fogo. São Paulo: ECE, 1977.

Dia da mães

Pessoal olhem que idéias lidinhas que recebi do blog: Pra gente miúda...